terça-feira, 28 de junho de 2011

ORIXÁS: OGUN: O Guerreiro dos Músculos de Aço

Ogún
O Guerreiro dos Músculos de Aço

Na Mitologia Yoruba, Ògún é o Orixáferreiro, Senhor dos metais, ele mesmo forjavasuas ferramentas tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra. Na Áfricaseu culto é restrito aos homens, existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Foi o filho mais velho de Odudua, o fundador de Ifé.
Ogum ou Ogun é um orixá africano, é a divindade do ferro e protetor de todos que trabalham com esse metal: ferreiros, agricultores, escultores, mecânicos e dosmilitares.
Ogún data de tempos proto-históricos, é pré-histórico, violento e pioneiro; suas armas são primeiro de pedra, depois o ferro. Sua primogenitora converte-o em quase irmão gêmeo de Exú.

Deus da guerra, imagem arquetípica do soldado, Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam instrumentos de ferro (e o aço por consequencia) em seu trabalho: agricultores, caçadores, açougueiro, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e outros que juntaram-se ao grupo desde o início do século, mecânicos e motoristas; rendem homenagem à Ogún. Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na idade do ferro. Orixá de personalidade violenta, obstinada, constante, viril, disciplinada, quando não rígida.

Na sua estreita relação, com a natureza humana, na qual é o regente dos "caminhos" no seu sentido de trabalho, oportunidades profissionais, e ao mesmo tempo "guardião" da casa, é expressa em sua cantiga:

Ogún á jó (Ogún dançará) e màrìwò (fronde da palmeira, usada como sua roupa) Ogún Akòró e màrìwò
Iwó a gba 'lé bg'ònà (ele ocupará a casa e o caminho)
Ogun á jó e màrìwò màá tú yeye (fronde da palmeira cresça)
Historicamente, teria sido o filho mais velho de Odùduà, o fundador de Ifé, usando o título de Oniré (Rei de Irê), por se apossar da cidade de Irê, matando seu rei; usava uma diadema, chamada àkòró , e isso lhe valeu ser saudado, até hoje, sob os nomes de Ogún Oniré e Ogún Aláàkòró, inclusive no Brasil, trazidos pelos descendentes dos yorubás.

Ogún é único, mas, em Irê, diz-se que ele é composto de sete partes. Ogún méjeje lóòde Iré, frase que faz alusão às sete aldeias , hoje desaparecidas, que existiriam em volta de Irê. O número sete é associado à Ogún e ele ;e representado nos lugares que lhe são consagrados, por instrumentos de ferro, em número de sete, catorze ou vinte e um, pendurados numa haste horizontal, também de ferro: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, símbolos de suas atividades.

Filho de Yemanjá ou Oduá com Oxalá.

Está ligado ao mistério das árvores, conseqüentemente à Oxalá. Seu "assento" está ao pé de um Igí-uyeuè (cajazeira) no Brasil, onde um adàn, akòko ou Àràbà na Nigéria e no Daomé, e rodeado por uma cerca de peregun. Podendo também ficar ao pé do Igí-òpé cujo tronco simboliza a matéria individualizada dos funfun (orixás do branco, particularmente Oxalá), que as folhas brotadas sobre os ramos ou troncos, simbolizam descendentes e que o màrìwò é a representação mais simbólica de Ogún.
Akóro Ko l'axo -
 Akóro não tem roupas
Màrìwò l'axo Ogún o! -
 Màrìwò veste Ogún
Màrìwò -
 Màrìwò


DADOS PESSOAIS SOBRE O ORIXÁ

NomeOgun
Filiação: Osalá- Oduduwuá e Iyemonjá
Dia da semana: Terças-Feiras
Data: 23 de abril                                                                         
Cor: Verde ou Azul Marinho
Símbolo: Obé ( faca ), Idá ( facões ) Ofanje ( espadas )
Domínio: Estradas, Encruzilhadas, Matas e Florestas
Oferenda: são bodes e galos, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê.
Sincretismo: Em algumas regiões, Santo Antonio e comumente confundido com o demonio Cristão
Comidas: Inhame, Feijoadas e Farofas
Saudação: Patacori Ogun : Ogun é importante para a cabeça
Toque: Ilú, adarrun e toques rápidos
Elemento: Fogo, Terra, Água e Ar
Atividade: Guerras, lutas e combates

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