Os estudiosos da Bíblia empregaram as ciências sociais para estudar os patrões relacionais e de gênero do antigo mundo Mediterrâneo, o mundo que produziu a Bíblia. A Professora Mary Tolbert resume a investigação com as seguintes palavras:
O único conceito mais importante que define a sexualidade no mundo Mediterrâneo antigo, quer falemos dos reinos do Egito ou da Assíria, ou falemos dos posteriores reinos da Grécia e Roma, é que os atos sexuais aprovados jamais ocorriam entre pessoas de igual nível sexual. Por definição, a sexualidade nas antigas sociedades Mediterrâneas requeriam a combinação de uma parte dominante e uma parte submissa. Esta metáfora socio-política, é a raiz da definição de que a sexualidade descansava sobre uma base física que supunha que cada ato sexual requeria de alguém que penetrasse e de alguém que fosse penetrado. Resta dizer que esta definição de sexualidade era inteiramente masculina, algo que não é surpresa nas sociedades Mediterrâneas, profundamente patriarcais.
Nestas sociedades, os atos sexuais entre homens ocorriam sim, mas se davam a fim de mostrar domínio de um grupo de homens ou de um homem sobre outro, especialmente em tempos de guerra. Não era raro que os homens que haviam conquistado a um exército inimigo, violassem os soldados para mostrar que eram dominadores e de um nível mais alto.
continua...
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